quarta-feira, junho 30, 2010

what are you waitin' for?

never say never, the fray @

A verdade é que estou há anos no meio desta mesma estrada e, dando os passos em frente que der, acabo sempre por olhar para trás. Quem quero enganar?! Ainda estou a espera que me venhas deter.

fotografia por: daniela rosa (temporizador) @

We're coming apart,
But we pull it together, together again
Don't let me go, don't let me go

amantes da selecção, desculpem a crítica humorística!

Carlos Queirós disse que a selecção portuguesa iria longe... E tinha razão! (...) A viagem de volta para Portugal ainda é grandinha.

yes, I believe in this and that's why I keep holdin' on

don't stop believing, journey @
Sim, a verdade é que tenho esperança que chegue para duas pessoas, ou três! Mas isto não é em relação a tudo... Apenas quando acredito nalgo com toda a alma e coração que tenho. E sabem porque é que acredito tanto nisto, mesmo que, à volta disso, hajam mais dúvidas que certezas? Porque sei que é real. Tudo isto que sinto cá dentro, é mais real que todas as outras coisas. Mais real do que a rosa ser uma flor e um ribeiro correr para o mar; mais real do que o chão que pisamos. E mesmo que, no final, tal não corra como eu desejei, garanto-vos que há de valer sempre a pena. Este sentimento é maravilhoso e, ao tempo que já cá está a aquecer-me, já nem me imagino sem ele. (...) Faz parte de mim; perdê-lo, seria perder-me também.

fotografia por: daniela rosa (temporizador) @

it's not that hard to build some love

keep fighting, dr1ve ft. lúcia moniz @

Gosto de comparar o amor a um castelo de cartas. Levamos um pouco a começá-lo mas depois, lentamente, tentamos fazer-lhe crescer, uma carta de cada vez. Sim, por vezes uma rajada sopra, de súbito, e tudo cai a baixo. E aí vêmo-nos confrontados com duas opções: ou arrumamos as cartas de volta para o baralho, ou respiramos fundo e metemos mãos à obra para tentar outra vez. E sim, é bastante difícil construir um castelo de cartas com todas as 52 existentes, levando-o, assim, à sua plenitude. É preciso persistir, mesmo se, em certos momentos, não soubermos se seria melhor pôr uma carta aqui ou acolá. O segredo é não desistir. Simplesmente isso. Se desistíssemos sempre quando algo não sai bem à primeira, então passaríamos a nossa vida a viver no meio de mediocridades, não acham? Eu só sei que não quero isso para mim. Jamais! Eu já estou de mangas arregaçadas até aos cotovelos, mas tu continuas de braços cruzados, observando as cartas deixadas sobre a mesa - o que outrora fora o nosso lindo castelo -, como que decidindo se vale a pena ou não. Chego-me para ti e sorrio-te, estendendo-te a primeira carta. "Então, recomeça-se... Ou arruma-se?"

terça-feira, junho 29, 2010

TODOS NÓS ESTAMOS SOZINHOS (...) MAS ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO.
fotografia por: daniela rosa (temporizador) @

advérbios de tempo, advérbios de modo

stop crying your heart out, oasis @

Sou uma pessoa que sempre teve dificuldades em saber quando parar... Quando desistir e deixar para trás. Mas penso que talvez é quando chega àquele ponto em que essa pessoa simplesmente nos traz mais mal do que bem. Quando fica apenas do nosso lado, se respeitarmos as suas condições supérfluas - caso contrário, não hesita em descartar-nos. Quando o tempo que passamos com ela, em vez de ser "gasto", passa a ser "desperdiçado". Quando a olhamos nos olhos e já nem conseguimos ver nada da pessoa que conhecêramos, no princípio. E principalmente quando paramos para observá-la e, dos confins do nosso subconsciente, surge-nos esta conclusão: "Se desaparecesses, nem sequer sentiria a tua falta...".

Take what you need and be on your way
And stop crying your heart out
 

segunda-feira, junho 28, 2010

oh, I wanna talk to you

talk, coldplay @

Lembro-me quando nos encontrámos na cidade, numa daquelas tardes de Domingo nebulosas, típicas de Abril. Sentámo-nos num daqueles bancos desbotados de jardim, com uma certa distância a separar-nos, em silêncio. Silêncio esse que ainda perdurou por uns longos minutos, que passaram por nós a correr, sem que sequer reparássemos neles. Ambos estávamos à espera que alguém o quebrasse, de uma vez. E lá me vi obrigada a olhar para ti e a tratar disso mesmo: "Nada está realmente a fazer sentido". Nunca me olhaste nos olhos, mas senti-te suspirar profundamente, enquanto que, com as tuas mãos fortes, esfregavas as têmporas, frustrado. "Fala", disse-te, num tom de pedido, aproximando-me ligeiramente de ti. E aí olhaste-me e sussurraste: "Também não faz sentido nenhum para mim, de todo. O que queres que te diga mais?". Dirigi, então, o meu olhar para a estrada, dando tempo às palavras para saírem precisas e esclarecedoras, tal como sabia que gostavas. E passado uns meros segundos de silêncio embalado pelos barulhos citadinos, disse-te: "Diz-me apenas o que sentes... Vamos falar."

Are you lost or incomplete?
Do you feel like a puzzle, 
you can't find the missing peace?
Tell me how you feel

percorreste-me e foste-te, mas por cá ficaram as marcas

fotografia por: daniela rosa @

Quando um laço se desamarra, tal não significa que o sentimento acabe, nesse preciso momento. Antes pelo contrário. Por vezes, só assim nos apercebemos do tanto que se perdeu. A verdade é que muito deixaste para trás, para além da mágoa e do ressentimento. Também ficaram as memórias impossíveis de esquecer, as verdades difíceis de digerir e as dúvidas impiedosamente incessantes. E quando me vejo tentada a mandar tudo isso embora, lembro-me que é só isso que me resta de ti. E nada mais. Mas sei que não vou conseguir carregar isto tudo durante muito mais tempo, e isso tranquiliza-me. Porque, de certa forma, significa que já faltou mais para deixar de doer; de te sentir. Significa que está quase a passar.

o tempo esbate as marcas, é verdade.
mas algures nas profundezas do meu coração, haverá sempre um lugar, apesar de tudo

domingo, junho 27, 2010

1year until the farewell

pearl jam, gone @

O tempo passa e as escolhas amontoam-se, tal como os pensamentos. Está quase a chegar, e nem sei se deva temer ou abraçar esse facto. Não consigo deixar de me perguntar: qual será a sensação de termos de partir e deixar tudo o que conhecemos? Qual será a sensação de nos despedirmos das pessoas que sempre nos acompanharam? Qual será a sensação de recomeçar, num sítio completamente diferente ao que estávamos habituados? Eu para já não tenho resposta a tais perguntas, mas tenho  uma certa curiosidade em descobrir. Será que, quando me deparar com essas sensações, desejarei voltar atrás no tempo? Espero bem que não... A menos que, nessa altura, viajar no tempo já seja possível.

This time I'm letting go of it all
So long, this time I'm gone,
(...) If nothing is everything, I'll have it all

quatro de novembro de dois mil e sete

love like a sunset, phoenix @

Hipnotiza-me, mais uma vez. Ao sentir-te presente, tremo. Ao aperceber-me do som da tua voz, entro em êxtase. Penso  «será como da última vez?»; depois corro até ti e descubro. Os minutos passam tão rápido, demasiado rápido. Encosto a cabeça na curva em vírgula do teu pescoço, e assim permaneço num sonho. O meu desejo é estar contigo assim, para sempre e mais nada. O espaço entre os meus dedos, ocupado pelos teus. Que sensação de cumplicidade e simplicidade, em simultâneo. Confundes-me, esclareces-me: és a súbita resposta às minhas perguntas e és a razão porque sequer as faço. Mesmo depois de teres ido embora, esse teu cheiro cola-se à minha roupa, até que, ao fim de algum tempo, desvanece aos poucos. Foste tão depressa como vieste; isso tortura-me. Por favor fica, só mais um minuto. E hipnotiza-me mais uma vez, por favor. E outra, e mais outra (...) Mas peço-te que nunca me deixes acordar para a fria realidade. Realidade essa onde não estás presente.

Here comes, a visible illusion.
Oh, where it starts and ends.
You're like a sunset
 

when eyes can't look at you in any other way

detlef scrempf, band of horses @

Gosto bastante desta música, sabiam? Acho que se tornou, realmente, na minha preferida. Sim, podem ouvi-la e muito provavelmente pensarão: "Bem, isto comparado com x, não é nada de especial", e sim, talvez seja verdade. Mas acho que o que torna esta música nalgo tão maravilhoso, é o significado isolado que tem para mim. Tal melodia relembra-me um daqueles momentos que, à primeira vista parecem pequeninos e muito simples, mas que marcam; tornam-se inesquecíveis. Sim, esta música relembra-me um desses momentos. O cheiro a cappuccino e a tarde invernosa; o chão gelado de azulejos; as meias molhadas; o miar dos gatos e o sabor doce dos marshmallows. E depois há quem diga que, perante esta situação em que me encontro, o melhor a fazer é desligar-me desse tipo de recordações e de tudo o que me faz relembrá-las. Mas sabem que mais? Eu não o quero fazer. Não quero fingir que tal momento não aconteceu, nem o quero esbater da minha memória. Quero que fique lá, bem guardadinho, para jamais me esquecer da razão por que me apaixonei por ti.

So take it as a song or a lesson to learn
And sometime soon be better than you were
If you say you're gonna go, then be careful
And watch how you treat every living soul

e pronto, já ganhei o dia :)


24 de Julho, chega

hasta la vista

É assim que tu queres? Então, assim será. 

p.s. De facto, há coisas que nunca mudam... Neste caso trata-se do facto de eu pôr sempre o que tu queres, à frente do que eu quero. E passo a esclarecer que os nossos desejos não podiam ser mais contrários. Mas bem, c'est la vie.

sábado, junho 26, 2010

caixa de música

 fotografia por: daniela rosa @

Olho para ela, curiosa, inquieta para espreitar o seu interior. Parece pequena, um tanto achatada, e velha. Mas que posso eu fazer? A curiosidade sempre fez parte de mim e eu, sinceramente, nunca tento contê-la... Opto antes por matá-la, simplesmente. Abro-a, com cuidado, para não a quebrar e, de súbito, uma melodia melancólica e pautada soa; e, dentro daquela caixinha, surgem dois dançarinos, que bailam em voltas, sem nunca parar. Fiquei a olhá-los: o menino, de preto, parecia concentrar-se na música envolvente. A menina, por outro lado, de vestido vermelho, sorria distraidamente. Ambas as suas mãos uniam-se num nó, tornando-os numa espécie de união perfeita... Como se aquele mundo pequeníssimo, donde só faziam parte eles os dois, fosse mais que suficiente. Nunca falhavam nenhum passo. Nunca paravam de sorrir. E, naquele momento, desejei ser aquela dançarina. Desejei sentir-me bem, como ela se deveria estar a sentir. Desejei ter um mundo assim... Pequeno, mas que me fizesse sentir grande - e não o contrário. Porém, subitamente, ouvi o chamar da minha mãe e, assim, fechei a caixa. Perguntei-me se ao fechá-la, eles parariam de dançar, tal como a melodia. Mas não havia maneira de saber. Mas uma coisa é certa... Com certeza que continuariam unidos e sorridentes, mesmo que em silêncio e no meio da imensa escuridão.

yes, I do remember you

 fotografia por: sra. marcelino @

É fascinante o facto de uma imensa cadeia de acontecimentos, à partida, independentes uns dos outros, nos ter levado a um súbito e inesperado reencontro. E juro-te que, durante muito tempo, pensei como seria voltar a falar contigo e, se queres saber, nunca pensei que teríamos pontos de vista tão semelhantes; que nos continuaríamos a dar tão bem, tal como sempre foi. E só de pensar em todas as vezes que me perguntei onde estarias, rio-me. Estiveste sempre tão perto; muito mais perto do que eu imaginara. Ainda me lembro de como ia para tua casa  depois das aulas e tu, de voz rouca, me mostravas as tuas infindas colecções de carros. E lembras-te das nossas brincadeiras com os teus peluches, no chão da tua sala de estar? (...) E sim, eu adoraria voltar a ver-te, mas deixarei isso a cargo do Destino... Gosto de pensar que foi ele que nos trouxe até aqui.

«o mundo é redondo. começas numa ponta e acabas onde começaste. (...) e tendo em conta que as vidas das pessoas estão todas cruzadas»
palavras de: Paulo Marcelino



IS ♥ OVERRATED?

Acredites ou não, deixaste de ser um problema. Mas também não passaste a solução. Estás aí e isso é certo; és alguma coisa. Agora, simplesmente não sei o que é. E tu também não sabes. Mas acho que isso nem é o mais importante, neste momento. O que me interessa mesmo é saber se queres estar ou não queres - e eu acho que queres. Agora como, quando e onde, são coisas supérfluas que hão de se ordenar depois. 

no fim, tudo acaba por ficar no seu sítio certo

adeus premeditado

laços, toranja @

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É nesta altura das nossas vidas, que começamos a aperceber-nos que nem tudo o que sempre cá esteve, deve ser mantido cá. Sejam objectos, sejam sonhos, sejam medos, sejam pessoas. A verdade é que a hora de passarmos para a outra etapa - a de deixarmos as nossas raízes e partir rumo às nossas novas casas -, está a ficar cada vez mais próxima, à medida que o tempo passa. E, por isso, é nestes tempos que começamos a ter uma certa ideia daquilo que queremos levar connosco, quando partirmos; e daquilo que queremos deixar para trás. Eu ainda não me decidi. Só posso dizer que sim, estes próximos tempos vão ser decisivos - não só para mim, mas também para vocês todos, que chegaram aqui. (...)


há que distinguir os meros caprichos, das grandes necessidades. há que decidir se optaremos pelo que queremos, ou pelo que será o melhor para nós

amo demasiado a liberdade

E simplesmente não estou disposta a abdicar dela por nada, nem por ninguém. Portanto, por favor, não me façam optar. Nem sequer deveria ser preciso pedir-vos, porque a liberdade, desde o dia 25 de Abril de 1974, não deveria nunca ser posta em causa. Tenho dito.

frustrações, decepções, interrogações

Continuo sem perceber o que é que eu fiz de errado, afinal.

I'll do my best and won't worry about the rest

E se não há nada de simpático para se dizer, então cala-se a boca até algo surgir. Se não surgir, então que se mantenha o bendito silêncio.  
Enfim.

sexta-feira, junho 25, 2010

1

Sim, apaguei tudo o que tinha. Porque razão o fiz? Porquê agora? (...) Porque me apeteceu. Simplesmente isso. Se devo justificar-me? Para quê, se nem tenho justificações? Apenas isto: fi-lo porque quis e estou cansada de ter de explicar cada uma das minhas acções. Se simplesmente não conseguem perceber o porquê de tê-lo feito, então lamento mas não vos poderei ajudar. Estou cansadíssima, entendem? E mais não digo... Porque não quero.

p.s. Esta má atitude é temporária. Tudo é.