sexta-feira, outubro 01, 2010

& everything keeps movin' on, movin' on...

breathe in breathe out, mat kearney @

Um dia, expludo à tua frente. Encostar-te-ei fortemente contra a parede, impedindo-te que sequer bufes, ou reclames. Vou agarrar-te pela gola da camisola e gritar-te. Vou gritar-te em plenos pulmões. Vou recontar-te as nossas aventuras, uma a uma, da forma mais breve e sucinta que conseguir. Vou relembrar-te daquela promessa que me fizeste, há pouco mais de um ano atrás. Vou encher-te de perguntas retóricas, nem te dando tempo para comentares seja o que for. Vou julgar-te. Vou culpar-me. E, mesmo depois de ter estado mais de 10 minutos a gritar bem alto contra a tua cara embasbacada, não vou fracassar, choramingar, nem me mover. Vou ficar ali, olhos nos teus olhos, e, sempre que tentares sequer desviar o olhar, esbofateio-te, logo. "OLHA PARA MIM!", vou gritar-te, ainda mais alto que anteriormente. Pressionar-te-ei mais contra a parede branca desbotada e vou dizer-te o quanto me desiludiste e fracassaste. Vou confessar-te que eras e foste o melhor namorado do mundo, mas, em contrapartida, o melhor amigo mais merdas que fui arranjar. Ficarei em silêncio por uns meros segundos constrangedores. Tu não dirás nada; ficarás quieto. Depois vou largar-te e recuar um pouco. Não vou desviar o olhar de ti, até tu te antecipares. "Tens consciência", vou dizer, "que estás a destruir-me?", perguntarei; e quando te prepararias para balbuciar alguma coisa, eu mandar-te-ia calar. "Estás a fazer-me odiar-te…", ia dizer-te, por fim, "E pior… Estás a fazer-me odiar-me a mim própria." E depois vou embora, não conseguindo mais encarar-te. Mas, por outro lado, sentir-me-ei muito melhor, pois fui capaz de fazer algo que tu nunca foste. (…)

Sim… Um dia faço isto tudo. 
E nem tu nem ninguém me poderão impedir.

Sem comentários:

Enviar um comentário