segunda-feira, novembro 22, 2010

e já que estamos numa de metáforas!

Sim, não nego que já tiveste quase que o Mundo na mão - imensas partes deste, portanto. E oh, como cabia ele tão perfeitamente na tua palma (…) Que sensação de poder, não era? Mas bem, digamos que, muitas vezes, - mais em mentes fracas, diga-se de passagem -, tamanho poder sobe à cabeça, desfocando a visão; a consciência. E foi isso que (te) aconteceu. Lá começaste tu a fazer malabarismos com as 'TUAS' coisas (para ti) tão garantidas, sempre com aquela tão injustificada e incrivelmente estúpida certeza de que, mesmo que estivesses a virar o Mundo de pernas para o ar, destruindo e manipulando todas as suas partes que possuías, nada mudaria. Tudo continuaria lindo e cor-de-rosa; tudo continuaria sempre, sempre teu. (…) Mas bem, isto nem é a parte mais ridícula. Em seguida, espantaste-te quando, lentamente e por tua grande culpa, te viste a perder o - suposto - muito que tinhas… Rapidamente te apressaste a culpar o Mundo todo de tal perda, quando a única coisa que este fez foi o racional e o correcto: aperceber-se de que, afinal de contas, não lhe és tanto essencial como antes se pensava, na altura do geocentrismo. Não és a atmosfera, nem a gravidade, nem nada que se pareça… Apenas um satélite qualquer que, uma vez desaparecido, não impedirá a Terra de continuar a girar.

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