segunda-feira, novembro 29, 2010

foi mais um dia assim: tão longe de ti, como de mim!


Foi mais um dia que passou. Mais um dia assim, passado sem qualquer vislumbre da tua presença. E depois meto-me a relembrar - de trás para a frente; de frente para atrás - o último dia em que estivemos juntos, antes de partires. Fizeste-me acreditar afincadamente que nada mudaria: apenas a tua morada… E eu, cega, ingénua (como já seria de esperar), não me apercebi que essa seria apenas a primeira de muitas mais mentiras que iriam surgir (vindas de ti). (…) E, agora, fico aqui a relembrar todas as tuas idas e voltas, conforme era de teu agrado; as tuas oscilações súbitas e injustificadas de sentimentos; todas as vezes em que te pedi desculpa quando tu foras o único que errara, afinal de contas; todas as noites que passei em branco, em choros infindáveis, enquanto sentia o mundo a ruir à minha volta; todas as horas que passei a implorar-te em silêncio que me amasses, simplesmente!… 

Foi mais um dia que passei, longe de ti. Longe de mim. Longe de tudo em volta. (…) Mas sabes que mais? Tudo isto que ando a sentir ultimamente faz-me desejar que não voltes. Toda esta revolta contra ti e ainda mais contra mim mesma, fez-me ver finalmente que me trazes muito mais mal do que bem; e que o melhor a fazer é deixar-me de ti. Deixar-te ir. Por vezes a escolha mais difícil é a certa, como uma grande amiga me disse uma vez e eu ignorei. E essa é precisamente a minha escolha. A final. 

Eu escolho voltar a viver livre. 
E a verdade é que isso só-me é possível sem ti.


por: Charlotte Doucette
DANIELA HETERÓNIMO @

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