Hoje apercebi-me de que já nem dói tanto… Mas eu mentiria se vos dissesse que já me é quase que indolor. Pois, na verdade, as saudades nem sequer se apaziguaram… Nada disso: ainda aqui estão, no meu âmago plantadas e com as raízes bem assentes. Apenas aprendi a sustê-las; a lidar com a sua constante presença em mim. Nem sei se tal conformidade é boa ou não…
Mas tento não pensar muito nisso.
Só sei é que já não dói tanto, como outrora. Lembro-me bem que, antes, sempre que passavas - por mais fugazmente que fosse - era como se um enorme pedaço de mim me fosse arrancado. E depois doía: uma dor lancinante à volta do peito. E esses pedaços que eu ia perdendo não voltavam… Basicamente, estava encurralada numa jornada de espera - até que eu ficasse reduzida a um nada que nada sente; que nada expressa. Agora é mais uma comichão desconfortável no estômago; um nó na garganta - nada que não se suporte.
E eu gostava mesmo que fosse doutra maneira… Mas já lá vai o tempo em que a realidade era aquilo que devia ser; que fazia sentido. Agora, apenas é como é, e pronto. Não a entendemos e não há ninguém que no-la explique. Contudo, não há outro remédio se não seguir com ela, mesmo que absolutamente nada bata certo.
mais uma lição... o tempo cura tudo, apenas não dês demasiada importância ao passado.
ResponderEliminarGood one. * thank you
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