Nunca pensei que alguma vez fosse escrever de ti desta maneira. Mas vejo-me obrigada a tal. A verdade é que tu foste daquelas pessoas que eu cheguei a considerar, durante muitos anos, como uma espécie de constante na minha vida, simplesmente porque estavas constantemente lá, automaticamente, porque fazia parte tanto de ti, como de mim. Porém, e nem sei bem como, nem porquê, alguma peça qualquer acabou por sair do lugar, pois deixámos de possuir aquele encaixe instantâneo, tão típico de nós.
E eu decidi que não vou assumir ou atribuir culpas, porque, na verdade, não existem constantes ou incondicionais na nossa vida. Apenas um número incontável de partículas que, todas juntas, formam tudo o que se vê e sente; partículas essas que, à medida que o tempo se desenrola, se vão dissipando simplesmente, sem que possamos fazer nada para o impedir. Bem que podemos tentar agarrar o mais rápido ou forte que conseguirmos… Mas as forças da gravidade e da realidade sobrepõem-se sempre. Por mais que nos custe a admitir ou a aceitar.
Sinceramente, neste momento, não sei o que faça em relação a ti.
E a minha avó sempre me disse: "Quando não se sabe o que fazer, fica-se quieto" e, de facto, será essa a minha próxima acção.
Talvez, um dia, acordes e te apercebas de que quem esteve realmente sempre cá fui eu.
Este post diz mesmo muito*
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