sábado, fevereiro 26, 2011

"If people are conditional, how can we expect them to have unconditional feelings for us?", by Jennifer Abrantes.



Nunca pensei que alguma vez fosse escrever de ti desta maneira. Mas vejo-me obrigada a tal. A verdade é que tu foste daquelas pessoas que eu cheguei a considerar, durante muitos anos, como uma espécie de constante na minha vida, simplesmente porque estavas constantemente lá, automaticamente, porque fazia parte tanto de ti, como de mim. Porém, e nem sei bem como, nem porquê, alguma peça qualquer acabou por sair do lugar, pois deixámos de possuir aquele encaixe instantâneo, tão típico de nós. 

E eu decidi que não vou assumir ou atribuir culpas, porque, na verdade, não existem constantes ou incondicionais na nossa vida. Apenas um número incontável de partículas que, todas juntas, formam tudo o que se vê e sente; partículas essas que, à medida que o tempo se desenrola, se vão dissipando simplesmente, sem que possamos fazer nada para o impedir. Bem que podemos tentar agarrar o mais rápido ou forte que conseguirmos… Mas as forças da gravidade e da realidade sobrepõem-se sempre. Por mais que nos custe a admitir ou a aceitar.

Sinceramente, neste momento, não sei o que faça em relação a ti. 
E a minha avó sempre me disse: "Quando não se sabe o que fazer, fica-se quieto" e, de facto, será essa a minha próxima acção.

Talvez, um dia, acordes e te apercebas de que quem esteve realmente sempre cá fui eu. 

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