quarta-feira, março 28, 2012

I'm not saying I love you, I just love the way you are.


Fazes-me cócegas e eu rio; finjo-me irritada, quando na verdade, toda a minha alma sorri em harmonia. Adoro o teu sorriso: sorrio quase que instantaneamente, quando mo relanças, sem eu sequer estar à espera. Adoro os teus olhos sinceros, típico olhar de quem não ilude; de quem jamais magoa outro ser com intenção; de quem não odeia ou despreza. Gosto das tuas mãos, porque abarcam as minhas por completo, e o espaço entre os teus dedos, em tão perfeito encaixe com o meu. Fazes-me querer aprender e melhorar; perseguir os meus próprios sonhos, sem nunca parar, até que se tornem em tenras realidades. Simplesmente sinto-me cativada pela tua maneira de ser: tão afável, engraçada, calma e puramente boa. (…) A minha mãe sempre me disse, de todas as vezes que me apanhava debruçada sobre a cama, de lágrimas a inundar-me o rosto: "Daniela, tu vais ter de passar pelos 'rapazes maus', até que comeces a aperceber-te que é de um realmente bom que tu precisas. E um dia esse há-de aparecer, e há de mostrar-te porque é que com os outros não resultou". 

Eu espero que sejas tu.

sexta-feira, março 16, 2012

If I were a boy...


Se eu fosse um homem, jamais deixaria uma mulher acordar numa cama solitária e fria, após uma noite que chamava por mais. Nunca a deixaria na dúvida: diria sempre o que queria, o que não queria e mostraria sempre o que eu realmente sou. Não a iludiria de maneira alguma, para que pensasse que sou melhor, quando não sou. Deixá-la na confusão, porquê, se também eu detesto sentir-me assim. Não lhe iria mentir, ou prometer nada, simplesmente faria-a sentir-se segura de mim, de si e de nós, como um todo. Ia abraçá-la todos os dias e dizer-lhe como é bonita e como me faz sentir bem, e enquanto ela não acreditasse, eu continuaria a dizer-lhe, sem me cansar. Contar-lhe-ia os meus segredos e os meus erros, mesmo que me envergonhassem um pouco. Faria de tudo para jamais a magoar, porque tal ser frágil nunca deveria passar por isso. Caso o fizesse, iria compensá-la sempre. Porque a amo e porque a quero. E se, por acaso, as coisas corressem mal, por circunstâncias da vida ou nossas, eu não a abandonaria, como se ela nunca tivesse significado o Mundo para mim. Porque, antes do Amor, éramos amigos. E eu, após terminarmos, faria de tudo para que, - quem sabe? -, mais tarde, pudéssemos voltar a sê-lo. Sem quaisquer ressentimentos.

Mas enfim, eu não sou um homem. Mas gostava de encontrar um assim.

quinta-feira, março 15, 2012

What's life without exploring and discovering?


Foi hoje, sentada no jardim da escola, numa daquelas horas vagas do meu horário, que finalmente me apercebi do grande erro que já cometera tantas vezes. Como fiz isso? Limitei-me a observar em volta. O céu tons de cinza, o vento frio e... As borboletas. Sabem uma coisa? As pessoas são como borboletas. Juro-vos. E o meu erro foi esquecer-me disso.

Já apanhei muitas borboletas na minha vida: todas de diversas formas e feitios. Voava junto a elas, sempre próximas de mim. Porém, sempre que sentia uma delas a afastar-se nem que fosse mais um pouco, agarrava-a com força na minha mão, enclausurando-a. Afagava-a até conseguir perceber a razão para esta ter tentado escapar-me... Mas nunca percebia. A borboleta limitava-se a permanecer ali, fechada entre os meus dedos, a afastar-se cada vez mais apesar de parecer estar o mais perto possível.

E agora vem a parte engraçada... Quando era pequena, eu e os meus amigos adorávamos correr atrás de borboletas e eu era sempre das únicas que conseguia, realmente, apanhá-las. "Como é que consegues? Nem corres assim tão depressa!"
Mas ora aí é que está: Não se apanham borboletas, na vida, correndo atrás delas, forçando-as a ficar connosco, fechando-as, prendendo-as a nós. Devemos, pelo contrário, aproximarmo-nos devagarinho, quase que imperceptivelmente, até, simplesmente, conseguirmos distinguir o mais pequeno traço nas suas suas asas. E aí é que realmente as "apanhamos". Quer dizer... E é aí que elas se deixam apanhar.

Ou seja, (e agora voltando ao tempo Presente), para recuperarmos uma borboleta, para voltarmos a cativá-la, não nos devemos a agarrar a ela, obrigando-a a ficar quando esta se está a afastar por sua vontade. Devemos simplesmente deixá-la voar... Deixá-la ir aonde quer, livremente; deixá-la explorar... Porque as borboletas são seres livres. Livres. Livres de partir e livres de, um dia, voltar ou não.

Já apanhei muitas borboletas na minha vida e já muitas se afastaram de mim. Eu lá ia eu: fechando-as entre os meus dedos para estas não me escaparem, até que fiquei sem espaço. Um tempo depois, comecei a fechá-las num jarro. E ficava simplesmente às rodas na minha cabeça, tentando descobrir o que é que mudara e porque é que elas insistiam em deixar-me.

Sabem o que vou fazer agora?
Vou buscar esse tal jarro. Caminhar até à minha varanda. E vou abri-lo.

Voem, borboletas, voem!
Se voltarem, é porque são merecedoras de ficar.

14, Outubro, 2009

quarta-feira, março 14, 2012

current thoughts

A guy who leaves you when you're going through a tough time, it isn't cruel. He's just a total waste of your time. So let him go: cry, if you must. You'll eventually realize he was never worth it, and that leaving was the best thing he could have ever done for you.

danielarosa productions @

domingo, março 11, 2012

We're like strangers with memories...


A cada dia que passa, torna-se ainda mais difícil sorrir ao mencionar do teu nome. O que, outrora, era uma sensação de alegria miúda, agora não é mais do que mero desdém. A cada dia que passa, torna-se ainda mais doloroso recordar aquilo que vivi contigo, que apesar de nem ter sido tanto assim, foi o suficiente para deixar a sua marca. Marca essa que arde à superfície da minha pele. Para ser sincera - algo que, ultimamente, me tem vindo a assustar -, gostava que me puxasses de novo. Que viesses ao meu encontro, de olhar arrependido, e que me dissesses, cara a cara, que estavas preparado para voltar e ficar, de uma vez por todas. E que, por uma vez, ficasses. Porém, - e abandonando o mundo de fantasia que tanto me abarca -, sei que isso não vai acontecer. Tu seguiste sempre e deixaste-me em paz, tal como eu te pedi. Ai, como gostava que me contradissesses, alguma vez! Que me sacudisses! Que me desses razões para te perdoar! Mas não o fazes. E, assim, não tendo nenhum ponto por onde me agarrar… Deixo-me ficar: olhando-te de soslaio, com medo que me apanhes, sempre relembrando aqueles tempos em que os nossos risos se fundiam numa melodia. (…) Ver-te, aleija-me de tal forma que nem compreendo. Provavelmente porque, a partir de agora, seremos nada mais que dois estranhos, que outrora se conheceram bem, e que, um dia, acreditaram que, algures, um futuro lhes esperava.

things I will never get...


"Eu realmente assusto-me com a capacidade que as pessoas têm de esquecer tão rápido. Gente que está mal com alguém num dia e no outro já superou. Gente que te diz 'não posso viver sem ti' e na próxima semana já diz isso a outra pessoa. Acreditem que não estou a reclamar. Adoraria ter essa capacidade também, seria bem útil. Da maneira que eu sou só me lixo. Às vezes queria ter amnésia, sabem? Sinto que fico sempre parada no tempo um tempão. Não sei deixar pra lá, seguir em frente, virar a página ou coisas desse tipo. Fico aqui, feita parva, enquanto todos se vão."

quinta-feira, março 08, 2012

"and when I miss you, I put those records on…"

Sempre prometi a mim mesma que jamais derramaria uma lágrima que seja por ti. Bem, parece que afinal não és o único que vai contra as suas próprias palavras. Oh, the irony. 

quarta-feira, março 07, 2012

pára um pouco, e pensa


Nestes últimos tempos tenho olhado para ti e estás sempre a correr. A correr em frente, sem sequer parar para beber água; para retomar o fôlego ou para confirmar se estás a seguir a jornada certa. Simplesmente não paras. Pareces-me cansado e pálido, mas também, quem sou eu para te pedir para parar por um pouco? Quem sou eu para te dizer que ainda te vais magoar, se continuares em tal velocidade? Quem sou eu para te dizer seja lá o que for? E também... Quem és tu para sequer receber um conselho meu? Ou uma ajuda? Um apoio?
(…)

Acabaste de passar por mim, sempre na tua típica corrida.
E depois, sem sequer me aperceber de início, perguntei a mim mesma, enquanto te via a desaparecer ao fundo da Avenida:

"Para que é que continuas a correr, se nem tens para onde ir?"