terça-feira, janeiro 29, 2013

thanks for the memories


Tenho saudades daquelas tardes chuvosas de Domingo que passávamos juntos no conforto do nosso lar - aquele ponto onde ambos os nossos corações se cruzavam. O cheiro do café, o eco dos risos e o som da tua respiração contra a pele do meu pescoço; o sabor a caramelo das tuas palavras e o calor genuíno do teu abraço contra o meu corpo. 

Tenho saudades, mas isso não basta. Também é preciso termos consciência. A dura e infértil consciência de que tudo se foi, para não voltar mais. Por mais que doa. Por mais que não faça sentido.

A única coisa que restou? Uma realidade, onde tu não estás presente.

quinta-feira, janeiro 17, 2013

so put a smile on your face...

fotografia por: emanuelsilveira

Miúda, o sol não brilha sempre… 
E nos teus lábios, nem sempre estará esboçado um sorriso. Vais cair de bem alto, muitas vezes, e feridas empoleirar-se-ão à superfície da tua pele. Vais sangrar e, dos teus olhos, rios de lágrimas hão de surgir. Nem sempre vais andar por aí a dançar de alegria. Aliás, haverão dias que, de tão cansada que estás, até te levantares da cama será um enorme desafio. Mas sabes uma coisa? Vais superar. Vais levantar-te, sacudir o pó dos joelhos, enxugar o teu próprio choro e seguir caminho… Ferida, magoada e desiludida, mostrarás a ti mesma de que és capaz de caminhar sempre, apesar de tudo isso. És forte o suficiente para calar bocas e até a própria falta de fé que cresce na tua alma. E voltarás a sorrir e a acreditar que, um dia, o sol voltará a aparecer, tal como o lindo sorriso que tens.

terça-feira, janeiro 15, 2013

& it feels like I'm too close to love you

Não sei o que fazer e, pela primeira vez, tu não podes ajudar-me. Não podes, porque, pela primeira vez, a questão és tu; o problema és tu. Não te entendo, por vezes, juro-te. Magoas-me com certas atitudes e com certas palavras, e nem sequer te apercebes. Mas a culpa não é tua… É minha. É minha por me ter perdido demasiado rápido, como que num barco que perdeu os remos. Estás agora aqui, e quase que tenho de controlar cada centímetro do meu próprio corpo para não ficar embasbacada a olhar para ti; para não te sorrir como uma completa tonta; para não te dizer o quão bonito ficas com essa camisa e com o cabelo despenteado. E se me perguntarem, alguma vez, "porque é que te apaixonaste?", eu responderei: "como não poderia?". Achas-te tão pequeno e tão insignificante, mal sabendo que, para mim, és mais do que eu alguma vez te direi; és mais do que tudo aquilo que alguma vez conheci. O teu jeito de falar - só a tua voz, tão profunda e grave, doce como caramelo; o teu riso que tanto ecoa por todas as paredes; o toque frio da tua mão; o teu abraço, onde tanto me quero perder, ao sabor das noites que passo ao teu lado; as tuas palavras, que tanto recordo, uma a uma, na minha cabeça e, por fim, todos os teus beijos quentes, que tão bem guardei num envelope fechado… 

Mas uma rapariga sabe. Sabe e sente, quando um rapaz olha para ela e não vê muito mais que isso. Daí eu escrever para o silêncio de um quarto, em vez de enfrentar-te com tudo. Mas também… do que serviria? 

Só te iria perder, de todas as maneiras, se confessasse. 
Prefiro amar-te em segredo e ter-te do meu lado, seja como for. 

sábado, janeiro 12, 2013

the good guys

You know what's the biggest problem in most good guys? They're always chasing some girl who will never truly appreciate them. When, in fact, there are other girls that would give them the world.

You're my only Hope...


Apareceste vindo do nada, ainda de bagagem às costas, com ar cansado e derrotado. Talvez foi isso que me chamou a atenção em ti: o facto de quase que pareceres um reflexo meu. Ainda me lembro tão bem da primeira vez que reparei realmente em ti… Sentado sob a calçada, de olhar perdido no vazio que se apresentava à tua volta. Aproximei-me, com a curiosidade a palpitar-me no peito. Nem sei porque é que o fiz; porque é que te abordei naquela noite, quando não passavas de um mero conhecido de vista. No entanto, hoje, agora, apercebo-me que foi uma das melhores decisões que tomei. 

Sentei-me ao teu lado e rapidamente senti o teu braço à minha volta. Perguntei-te se estavas bem, apesar  de já saber a resposta, e tu nem me respondeste. Falaste-me da morte e da vida, como se me conhecesses há muito tempo. "Derramaste-me" a tua alma, num ápice, como que um acto tão natural como respirar. E, a meio das tuas palavras, ias me dizendo: "Não me deves estar a perceber…". Mal sabias tu que eu era a pessoa que mais compreendia aquilo que pregavas.

Os tempos foram passando e, juntos, fomos reconstruindo uma Vida aparte do Mundo. Vida essa recheada de conversas sobre tudo e mais um pouco; sobre nada, às vezes. Repleta de gestos sinceros, de explosões de pensamentos e sentimentos; de tudo. Um castelo nascido de poeira. 

Neste momento, posso assegurar-te que deixaste de ser aquele mero rapaz que conheci numa noite qualquer. Tu és a minha esperança. A minha esperança de que, um dia, talvez, quem sabe?… Conhecer-te ao acaso foi o melhor pedaço de Destino que presenciei alguma vez na minha Vida. E, por vezes, ponho-me a pensar: "E se eu te tivesse ignorado naquele momento? E se eu me tivesse deixado estar?". Caso o tivesse feito, tu não estarias aqui, agora, a iluminar-me os dias, as noites e os caminhos. 

Vou guardar-te para sempre, aconteça o que acontecer. 

Pursuit Of Happiness



"You want to know what happiness is? It's waking up in the middle of the night for no reason, shifting under the blankets and feeling the heat of the person next to you. You turn around and see them in their most peaceful, innocent and vulnerable state. (…) You smile, kiss their face in the most gentle manner so as not to wake them. You turn back around and involuntarily a grin forms on your face. You feel an arm wrap around your waist, and you know… It doesn't get any better than this."

sexta-feira, janeiro 11, 2013

o porquê dos porquês


Desculpa, mas estou a ficar cansada. Se bem que começo a pensar que tem a ver com os dias… Ontem, sentia-me grata por te ter por perto; hoje, sinto-me frustradíssima com isso mesmo. Por sentir que nunca será perto o suficiente; ou então por ser dema(i)s(iado). Mas sei que hoje me sinto estafada: por ser sempre eu que, dia após dia, te martela com as verdades nuas e cruas, que tanto optas por ignorar, como que uma parede que nem, por nada, se move. Odeio isso, apesar de, outrora, ter acreditado realmente que te iria conseguir acordar; despertar-te para a realidade de que tanto te escondes. É incrível como tão facilmente me fazes sentir a pessoa mais insignificante do planeta e arredores, e, no entanto, num ápice, a mais essencial. É como te digo: é dos dias… Só gostava que conseguisses ver-me, por detrás de toda essa cegueira tão fixada nas orbes dos teus olhos. Por favor, não me deixes no estado invisível, quando tanto faço por apenas um olhar teu. E só teu. E por mais cansada que me sinta, vou continuar aqui. A mirar-te de perto e, no entanto, sempre tão longe. À espera… provavelmente de algo que nunca virá.

hoje, escrevo para ti


Hoje escrevo sobre ti. Sim, tu. Tu que tanto dizias que me amavas, para o segredo de um quarto escuro, onde ambos nos encontrávamos no momento. Tu que costumavas juntar-te a mim, abraçar-me e sussurrar-me ao ouvido. Já mal me lembro sobre o que é que falávamos. Tudo me parece tão turvo, agora. Será que foi do Tempo que passou? Será o facto de andar a fugir do sono há dias, por não querer enfrentar-te, sorrateiro, nos meus sonhos? Eu não sei. Acho que, afinal de contas, nunca soube bem de nada. E muito menos tu. Sim, tu. Tu que costumavas dar-me a mão, ocupando tão perfeitamente o espaço entre os meus dedos, com os teus, enquanto deitavas a cabeça na curva em vírgula do meu pescoço. Tu que tanto aclamavas que eu era tua.

Hoje apercebo-me que não sei falar de amor. Já lá vai algum tempo desde que o senti comigo. Mais do que imagino, menos do que seria de esperar. Mas lembro-me bem de como era perder-me nos teus braços e nos teus beijos, que nunca pareciam saciar-me por completo. 

Hoje escrevo sobre ti. Sim, tu. Tu que tantas vezes me disseste que, acontecesse o que acontecesse, nunca irias partir. Onde estás tu agora? Eu não sei, nem quero saber... a partir do momento que não estás aqui, ao meu lado na cama.