terça-feira, janeiro 15, 2013

& it feels like I'm too close to love you

Não sei o que fazer e, pela primeira vez, tu não podes ajudar-me. Não podes, porque, pela primeira vez, a questão és tu; o problema és tu. Não te entendo, por vezes, juro-te. Magoas-me com certas atitudes e com certas palavras, e nem sequer te apercebes. Mas a culpa não é tua… É minha. É minha por me ter perdido demasiado rápido, como que num barco que perdeu os remos. Estás agora aqui, e quase que tenho de controlar cada centímetro do meu próprio corpo para não ficar embasbacada a olhar para ti; para não te sorrir como uma completa tonta; para não te dizer o quão bonito ficas com essa camisa e com o cabelo despenteado. E se me perguntarem, alguma vez, "porque é que te apaixonaste?", eu responderei: "como não poderia?". Achas-te tão pequeno e tão insignificante, mal sabendo que, para mim, és mais do que eu alguma vez te direi; és mais do que tudo aquilo que alguma vez conheci. O teu jeito de falar - só a tua voz, tão profunda e grave, doce como caramelo; o teu riso que tanto ecoa por todas as paredes; o toque frio da tua mão; o teu abraço, onde tanto me quero perder, ao sabor das noites que passo ao teu lado; as tuas palavras, que tanto recordo, uma a uma, na minha cabeça e, por fim, todos os teus beijos quentes, que tão bem guardei num envelope fechado… 

Mas uma rapariga sabe. Sabe e sente, quando um rapaz olha para ela e não vê muito mais que isso. Daí eu escrever para o silêncio de um quarto, em vez de enfrentar-te com tudo. Mas também… do que serviria? 

Só te iria perder, de todas as maneiras, se confessasse. 
Prefiro amar-te em segredo e ter-te do meu lado, seja como for. 

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