sábado, janeiro 11, 2014

Eu confesso(-te) que sinto borboletas.

Está na hora de confessar-te uma coisa. E desculpa não ter coragem de to dizer directamente, mas ainda estou a habituar-me a tal ideia – tão assustadora, e tão fora do comum, tendo em conta estes anos tão sós que passaram por mim. (...) 

Eu gosto de ti. Aliás, eu adoro-te. Adoro-te e não estava, de todo, à espera de o fazer. Nem sequer dei conta, de imediato, confesso. Lembro-me, porém, de uma certa noite; já haviam tocado as 4 horas da manhã e eu não conseguia dormir por nada deste mundo. E porquê? Porque tu não me saías do pensamento. Nessa madrugada, perdi-me em questões: “será que o verei amanhã?”, “será que ele sequer me quer ver?”. Tentei calar a minha própria cabeça a todo o custo, mas não resultava. Deixei-me, então, levar por ti e pela tua imagem tão bem concedida na minha memória. 


Eu gosto de ti. Aliás, eu adoro-te por te conhecer tão bem. Por conhecer o teu bom e o teu mau. Por conhecer aquilo que te mantém firme e aquilo que te deita abaixo. E também por conheceres isso tudo em mim e, mesmo assim, me quereres alçada no teu abraço, ao comprido na cama. A fazer-me festinhas no cabelo. A afagar-me as maçãs-do-rosto. Conheces o meu feitio e, ao contrário de outros que te antecederam, não te deixas assustar. Pelo contrário: permaneces do meu lado e tentas entender-me. Acho isso tão belo em ti. Faz-me querer gostar de ti ainda mais do que já gosto. 

Eu gosto de ti, e não quero escondê-lo mais. Quero que o saibas e quero que acredites quando to digo: que gosto de ti. Gosto do facto de me fazeres rir como ninguém. Gosto da tua maturidade calma que domina por completo a tempestade que eu sou. Gosto que adores brincar com o meu cabelo e entrelaçares os teus dedos nos meus. Gosto da forma como fumas os cigarros, como se neles transportasses mil e um pensamentos, que se espalham pelo ar que respiro. Gosto do tom da tua pele e do esboço do teu sorriso, sombriamente iluminado pela lua, a única testemunha dos nossos passeios nocturnos. 

Eu gosto de ti. E eu quero que me deixes fazê-lo. (...) Porque, antes de te conhecer, eu chegara a uma fase em que respirava meramente para sobreviver. Agora; agora respiro-te e vivo. Vivo porque te adoro e para te adorar cada vez mais. Vivo e quero fazer-te feliz como nunca foste. 

Então? Deixas-me fazê-lo? Deixas-me gostar de ti?

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