quinta-feira, junho 12, 2014

Eu sei que te amo.


Eu sei que te amo, porque era capaz de fazer coisas por ti, que não era capaz de fazer por mais ninguém. Jamais! Como por exemplo: levar-te uma sopa a casa, quando estivesses doente. E não seria uma sopa qualquer; seria uma feita por mim, para que pudesses comer algo feito com amor, e não por uma fábrica qualquer. Quero levar-te lenços para te assoares e dizer-te piadas estúpidas, para que não fiques aborrecido. Quero verificar-te a febre e aturar o teu mau humor, típico de ti, que odeias ter de ficar em casa porque estás doente.

Eu sei que te amo, porque prefiro que me magoem a mim, do que te magoem a ti. Porque te aviso sempre – uma e outra vez – que estás prestes a confiar naquela rapariga que não vale a ponta de um corno. E mesmo que nem me ouças, eu continuo a avisar-te; mesmo que te chateies. Eu sei que te amo, porque mesmo quando tive razão e acabaram por magoar-te, eu não te digo “eu bem te avisei”. Simplesmente abraço-te e seco-te as lágrimas – uma a uma -, enquanto te sussurro um “vai ficar tudo bem”. Eu sei que te amo, porque quero dar uma bofetada a qualquer pessoa que te magoe: mesmo que sejam os teus pais, ou o teu chefe, ou um dos teus melhores amigos. Quero esbofeteá-los até me doerem as mãos.

Eu sei que te amo, porque me preocupo contigo quanto a coisas que só alguém que te ama é que se preocupa. Como por exemplo: se andas a dormir bem e nas horas certas. Se andas a alimentar-te bem e a consumir vitamina B suficiente. Se andas a beber ou a fumar demais. Preocupo-me contigo de forma maternal – se bem que a tua mãe nem se deve importar muito com vitamina B. Eu sei que te amo, porque me passo de cada vez que sei que estás a sentir-te pessimamente, mas és demasiado teimoso para ir ao médico.

Eu sei que te amo, porque te acho genuinamente lindo, mesmo quando não estás no teu melhor. E não me estou a referir a “giro” ou a “atraente”, mas sim a lindo – algo não meramente superficial e que nunca deixa de ser verdade, mesmo que o teu cabelo esteja uma autêntica desgraça ou que tenhas uma borbulha gigante na testa. Eu acho-te genuinamente lindo, mesmo que estejas completamente ressacado e a vomitar as tripas. Mesmo que tenhas o rosto em ferida, porque decidiste saltar de um sítio bem alto, só para ver como é que seria, (feito estúpido). Mesmo quando usas combinações de roupa que não lembram nem a um cego.

Eu sei que te amo, porque sou incapaz de abandonar-te mesmo quando estás a ser uma besta. Mesmo quando estás a ser 20 bestas ao mesmo tempo. Normalmente, mando bugiar quem me trata mal, mas eu amo-te, e compreendo que estejas frustrado, ou cansado, ou desiludido contigo mesmo e com as merdas que te acontecem às vezes. Mas também te amo o suficiente para te chamar à atenção e pedir-te para te acalmares um pouco. Eu sei que te amo, porque só alguém que te ama é que se importa o suficiente para te dizer que estás a ser uma besta na cara, em vez de fazê-lo por trás das tuas costas.

Eu sei que te amo, porque quero escutar-te, não só ouvir-te, seja a que hora for. Mesmo que esteja com olhos pesados, por serem 5 da manhã, quando te deu uma recaída por aquela tal rapariga; eu irei ouvir-te até ao fim. Até parares de chorar. Até parares de me dizer que vais ligar-lhe a implorar que volte para ti. Eu sei que te amo, porque basta me dizeres que precisas de te encontrar comigo para desabafar, que vou logo ao teu encontro. E, quando estou contigo, nem verifico o meu telemóvel de todo. Estou aqui para ti e o resto pode esperar.

Eu sei que te amo, porque estou verdadeiramente preocupada com o teu futuro. Não quero apenas que “tenhas um emprego bem pago”, ou “paz interior” e todas essas cenas da treta. Quero que alcances todos os teus maiores sonhos; que tenhas a mulher que te faça o mais feliz possível e que te conceda os filhos mais lindos do Mundo. Quero que sintas que todos os teus dias valem ouro, e que não andas só aqui a passar o tempo. Quero que tudo te corra bem, e quero estar lá a assistir (com umas cervejas a acompanhar, de preferência).

E, por fim, eu sei que te amo, porque seria capaz de fazer todas estas coisas por ti, sem ser capaz de pedir-te absolutamente nada em troca. Porque, mesmo quando me mentes, ou magoas, ou fazes merda, eu não sou capaz de desejar-te nenhum mal, por querer ver-te bem sempre. 

E fico ainda mais convencidíssima que te amo, por saber que nada do que faças, ou do que digas, ou do que falhes, me fará deixar de amar-te, assim, desta maneira... como eu te amo.

-thought catalog

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