quarta-feira, outubro 28, 2015

AO MEU SEGUNDO AMOR


Eu não fui o teu primeiro amor. Nem tu foste o meu. E ambos sabemos disso. Ela encontrou-te numa altura em que tu nem sabias que eu existia. E ele teve o meu coração antes dos meus olhos sequer terem olhado na tua direcção. Eu nunca a conheci e tu nunca o conheceste. E ambos sabemos disso.

Nós raramente falamos acerca deles. Às vezes, por entre uma conversa qualquer tardia entre nós, eu confesso-te entre suspiros o quanto ele me magoou outrora. Tu, por outro lado, sorris e falas-me do quanto cresceste por causa dela. E não passa muito daí. Nem nenhum de nós insiste em saber mais, e isso talvez seja uma razão para sorrirmos os dois. Como se já nada nos chamasse de volta. Como se todas as portas e caminhos que nos pudessem levar ao passado, estivessem bem trancados e selados. Como se tudo o que existe lá atrás não fosse mais o suficiente para nos impedir de seguir em frente. Apercebo-me cada vez mais de como tudo isso é bem verdade.

Eles foram os primeiros e ambos sabemos disso. E ambos aceitamo-lo sem intrigas nem invejas. Aliás, eu só quero agradecer-lhe por te ter deixado suavemente, respeitando-te até ao fim. Enquanto tu só queres esbofeteá-lo por me ter deixado feita em pedaços. Eu quero que ela me conte como é que tu eras nesses tempos de ingenuidade. Tu só queres virar-te para ele e dizer-lhe que serás o homem para mim que ele nunca fez por ser.


Tu não foste o meu primeiro e não te importas, porque tu bem sabes que as lições mais dolorosas, que eu tanto tinha de aprender, já as aprendi com ele. E eu não fui a tua primeira, sei bem disso e não me interessa. Pois foi ao lado dela que tu aprendeste a amar e, por isso, sais-te tão bem ao fazê-lo comigo.

Nós não fomos os primeiros um do outro. Não fui eu a primeira a segurar o teu coração nas mãos, nem fui a primeira a despedaçá-lo por tê-lo segurado com demasiada força. Nem foste tu o primeiro a quebrar-me as promessas de mindinho, nem a garantir-me um futuro que nunca haveria de chegar.

Eu não fui a tua primeira, mas sabes o que fui? Fui quem procurou todos os teus estilhaços pela calçada e que os juntou num coração inteiro, pronto para amar de novo. Tu não foste o meu primeiro, mas sabes o que tu foste? Foste aquele que me fez voltar a acreditar em todas aquelas coisas que eu passei a julgar impossíveis.


O que eu estou a tentar dizer é que ambos os amores são tão diferentes um do outro. Ele foi o meu shot de tequila numa noite de Verão; foi a aventura desenfreada e intensa, completamente fora de controlo. Ela foi a tempestade que surgiu do nada nesse teu deserto, que não estava de todo preparado para tamanha monção. Mas tu és o meu copo de vinho, que me aquece nas noites frias. E eu sou a cama que te espera em casa, depois de um longo dia.

O primeiro amor nada tem a ver com o segundo: nunca poderia. Porque foi ele quem me fez perder o chão, enquanto que tu me deste um tecto. Ele deu-me asas para voar, mas és tu quem faz por me amparar as quedas e beijar-me as feridas. Ele prometia-me o mundo e a lua, mas és tu quem faz por estar presente no brilho dos meus dias e no luar das minhas noites. Ele foi a intolerância que não aceitava as minhas falhas, ao passo que tu és a paciência que lida com as inseguranças que esse me deixou. Ele foi quem eu amei, acima de mim mesma. Tu és quem eu amo, enquanto me amo também a mim.

Tu não foste o meu primeiro, e depois? Isso jamais faria de ti menos do que ele. Afinal, foste tu quem me mostrou que o amor é esta energia renovável, que não se esgota à primeira. Foste tu quem concedeu uma nova oportunidade ao meu coração, que sempre acreditou ter mais para amar. Foste tu quem me mostrou porque é que o primeiro amor seria o esboço que me viria preparar para a verdadeira história.

Eles foram os primeiros. E então? Não há razão para tristezas. Ambos prometemos um ao outro que iríamos fazer melhor desta vez, e eu finalmente acredito que somos capazes disso mesmo.

segunda-feira, outubro 26, 2015

ÀQUELE QUE [ME] MARCOU PARA SEMPRE


Olá… Há quanto tempo, não é verdade? Aposto que já estavas a começar a acreditar que eu me havia esquecido de ti. Bem, e não estás muito longe da realidade, afinal. Aconteceu tudo aquilo que tu disseste que iria acontecer. Tu e muitos outros. Os dias continuaram a passar, uns atrás dos outros, mesmo que sem ti. Os ponteiros do relógio prosseguiram, assim como os meus passos, mesmo não te tendo ao meu lado. Num dia qualquer, já nem sei bem ao certo qual, apercebi-me que já não pensava (assim tanto) em ti. Tão simples quanto isso…

Hoje, no entanto, foi um dia diferente. Não sei se foi o vento tempestuoso que trouxe a tua memória de volta. Ou se foi o barulho da chuva contra as portadas da minha varanda, que me sussurrou o teu nome. Não sei o que poderá ter sido, mas pensei em ti. Perguntei-me, como tantas vezes antes, no que poderias estar a fazer agora. Se te encontras resguardado no teu quarto, a isolares-te na música, como de costume. Ou se estás a embebedar-te num sítio qualquer com esses tais amigos que, no fundo, nunca te compreenderam (dizias-me tu, outrora). Ou se, porventura, estás a mergulhar-te nuns lábios de uma rapariga que, agora, te ama, como eu em tempos o fiz.

De repente, nada disso me interessava. A verdade nua e crua é essa. Depois de 130 dias sem qualquer vislumbre teu na minha vida, pouco me importa aquilo que fazes com o teu tempo. Isto, porque, a partir do momento em que, por entre essas três mil e tal horas que passaram, nem um único minuto teu foi gasto em mim, de que me interessaria saber o que quer seja? Não te estou a culpar por nada, nem tão pouco a pedir-te qualquer resma de atenção, porque esses tempos já lá foram. Obrigada por me teres mostrado isso mesmo. Por me teres mostrado que eu mereço receber tanto, mas sem nunca ter de pedir. Deve partir da outra pessoa, sabes? Espero que tenhas ensinado isso a ti mesmo.


No outro dia, um conhecido meu perguntou-me se já te tinha esquecido. Eu ri-me, enquanto lhe dizia que isso jamais seria possível. “Mas ainda o amas?”, questionou-me de volta. E eu parei de rir e sorri, ao invés. Expliquei-lhe, em seguida, que uma coisa nada tinha a ver com a outra.

Eu nunca te vou esquecer. Tu nunca hás-de me esquecer, também. Afinal, como é que se esquece quem nos roubou as primeiras vezes da nossa vida? Como é que se esquece alguém que nos deu tanto para recordar? Como é que eu poderia alguma vez esquecer aquela noite em que me disseste, pela primeira vez, que estavas apaixonado por mim? Ou aquela outra noite em que me confessaste que, acontecesse o que acontecesse, nós iríamos ficar juntos? Ou aquela, quando tivemos de saltar o muro da tua casa, só para podermos passar a última noite nos braços um do outro, antes de partires para o outro lado do mundo? Ou aquela manhã, quando fui ao aeroporto sem tu saberes, só para poder ver-te mais uma vez, antes de entrares no avião? Ou aquele dia em que chegaste e correste logo para os meus braços, os primeiros (senão únicos) a te segurarem?

Eu não continuo a amar-te, na verdade, porque isso jamais seria possível. Não depois de tudo o que aconteceu. Não depois de todas as palavras que atirámos um ao outro; não depois das feridas que causámos em ambos os nossos peitos. No entanto, sou a primeira a dizer-te que tu marcaste-me para sempre. Depois de partires, levaste de tal modo pedaços meus contigo, e deixaste-te de tal maneira fundido em mim, que jamais poderíamos continuar a ser os mesmos. Tu marcaste-me; eu marquei-te, também. É assim que funciona, depois de se terem amado (e ferido) tanto. Em tempos, tal realidade assustava-me demasiado. Agora? Agora aceito isso de sorriso no rosto.


Ao menos sei que foste real, entendes? A minha frieza e desconfiança de agora, são as resmas que me deixaste. E as vezes todas em que me fecho em copas, assim que sinto um homem a ter algum tipo de efeito sobre mim, são as réplicas do terramoto que tu foste na minha vida. Como se, apesar de teres partido há tanto tempo, continuasses cá em forma de escudo protector do meu coração. Ironia, não achas? Foste tu quem o quebrou. E agora? Agora, se ele é tão revestido de forças e camadas duras, é por tua causa.

Eu continuo a sorrir. Passo a passo, volto a acreditar no amor, outra vez. Talvez nunca voltarei a ser aquela miúda que tu conheceste, que procurava viver um conto de fadas. Talvez nunca voltarei a ser aquela princesa que esperava pelo seu príncipe encantado, que viria salvá-la das trevas. E muito menos voltarei a ser aquela tal que se entrega de olhos fechados e braços abertos, como o fiz por ti. Não. Eu não voltarei a ser quem era e ainda bem. Ingénua (e muito parva) seria se me obrigasse a passar pelo mesmo que passei contigo.

Eu sempre te disse: que o primeiro amor da nossa vida seria sempre a lição mais dolorosa e mais importante que teríamos a aprender. Por tudo o que nos dá, só para nos tirar em seguida. Por tudo o que nos promete, só para acabar feito em cacos. Pelo quanto nos abala como nenhum outro, transformando-nos por completo; condenando-nos a nunca mais voltarmos a amar, ou a ser da mesma maneira.


Tu marcaste-me para sempre e ainda bem. Graças a ti, (mas muito mais a mim), sinto-me mais forte e independente a cada dia que passa. Aprendi finalmente a amar aqueles meus lados que tu nunca conseguiste. E depois? O primeiro amor é demasiado imaturo e ingénuo para conseguir fazer isso. Na verdade, o teu trabalho passou mais por me fazeres encontrar o mais real e mais genuíno amor que poderia haver neste mundo… o meu amor-próprio.

O meu erro foi ter acreditado que precisava de esquecer-te, para seguir em frente. Afinal, só precisava de começar a amar-me a mim. 

sexta-feira, outubro 23, 2015

A PESSOA DOS TEUS SONHOS [NÃO] EXISTE


Sempre esperei encontrar o amor de uma forma dramática e quase cinematográfica. Eu iria para uma livraria qualquer, nos arredores do centro da cidade, e iria esbarrar contra o dito homem da minha vida. Depois de umas trocas de olhares, acabaríamos a conversar num miradouro até o sol se pôr, perdendo a noção do tempo por completo. No entanto, tal não se sucedia. Aliás, dava sempre por mim a aproximar-me de alguém e, ao mesmo tempo, sempre sentindo uma espécie de espaço impenetrável entre nós. Como dois campos magnéticos que só se sabem repulsar. Cheguei mesmo a acreditar que estava amaldiçoada… Até que: lá estava ele.

Senti de imediato algo diferente. Não acredito [de todo] em amor à primeira vista. Acredito, sim, neste campo de forças que se fazia sentir entre mim e ele. Não se tratava de nenhum abismo, como sempre fora com outrem. Não se tratava de mera luxúria, nem tão pouco de uma mera curiosidade. Nada disso. Era como se, imediata e instantaneamente, um vislumbre de amor tivesse surgido do nada, como aquelas tempestades de Verão, que nunca são previstas e que só nos apercebemos que cá estão, assim que acordamos ao som da trovoada lá fora.


Lá está: o amor não se encontra nas livrarias, nem nas esplanadas. O amor não se acha naquela mulher que preenche todos os teus requisitos, nem naquele homem que corresponde a todos os teus desejos premeditados. Nada disso. O amor está concedido nas mais pequenas e simples coisas. Na forma como ele me acorda, ao de leve, beijando-me a testa calada. No jeito com que ele encosta o seu corpo ao meu, quando estamos sentados um ao lado do outro, seja em que sítio for. Na maneira como ele, sempre que me sente demasiado séria, atira uma piada ao ar só para me fazer rir (mesmo que faça figura de parvo, de todas as vezes). Nas alturas em que ele me beija de repente, por saber que eu não estou à espera. E nos momentos em que ele atura o meu mau humor matinal, como se nem a maré mais brava o conseguisse demover.

Ora aí está: o nosso maior erro é acreditarmos cegamente que já sabemos tudo aquilo que queremos em alguém. Elaboramos estas listas fictícias dentro das nossas cabeças e damos por nós à procura desse ideal de perfeição. Assim que nos aparece uma pessoa que, à partida, não vai de encontro àquilo por que tanto esperávamos, nós hesitamos. E, muitas vezes, quando nos apercebemos que aquele alguém era, de facto, o melhor para nós,… já é demasiado tarde.


As pessoas não são listas. As pessoas não são listas de compras que tens de analisar, para ver se não te esqueceste de nada. E o amor jamais deveria ser resumido a algo tão superficial e calculado como isso. Não percebem? O amor está concedido nas mais pequenas e simples coisas. Naquelas horas da noite que ele passa à espera que o dia nasça, só para me poder ver chegar. Naquele banco de jardim, onde ele colocou o braço à minha volta, para me proteger do frio (não fosse eu a teimosa que nunca diz que o sente!). Naquelas minhas quedas, em que ele escolheu mergulhar no buraco negro onde eu me perdera, só para me trazer de volta. E naquele momento em que ele admitiu estar com medo, só porque sabia que eu não merecia nada mais que a verdade.

A pessoa certa para ti nunca será aquela que imaginaras em sonhos. Mas sim, aquela que vai aparecer e mostrar-te que, na verdade, tu nunca soubeste realmente aquilo que procuravas; aquilo que merecias - até esse alguém ter aparecido mesmo em frente aos teus olhos. Alguém, esse, que provar-te-á que o amor jamais seguiria qualquer plano. E que tu, na verdade, só andavas à procura dele nos locais errados. Quando é amor, vocês acham-se um ao outro, simplesmente, sem sequer ser preciso procurar.

Essa pessoa não será aquela com que tu tanto sonhaste. Mas é melhor ainda… por ser real.

domingo, outubro 04, 2015

QUERO-TE DE VOLTA


Nunca pensei ser tão fraca. Nunca pensei estar a sentir-me tão perdida como estou agora. Que hei-de fazer? Pudesse eu voltar atrás… Sim. É esta a coisa mais dolorosa de se admitir após tomarmos uma decisão: o quanto arrependidos nos sentimos da mesma. E eu bem sei. Eu bem sei o que te disse: o quanto te queria longe de mim para sempre. O quão tarde demais era para tentarmos de novo. O quão esgotada eu estava da nossa história. Eu sei que te disse tudo isso… Mas… E se eu te dissesse que havia mudado de ideias?

Sempre te critiquei por seres alguém que só sabe voltar atrás naquilo que diz. Num dia, proclamavas o quão importante eu era para ti. Para, no dia seguinte, estares a passar na rua e a ignorar-me por completo. E - agora - aqui estou eu. Ao som dos blues que costumávamos ouvir juntos e a derramar lágrimas que se confundem com a chuva. Lágrimas, essas, que já só me sabem às saudades extremas que sinto tuas.

Nunca foi fácil para nós lidarmos um com o outro - é verdade. Mas será demasiado arriscado admitir o quanto gostava de toda a nossa complicação? Num momento, discutíamos como bestas e partíamos pratos para, a seguir, fazermos amor como selvagens, adormecendo por entre os cacos. E toda a confusão que implicávamos em alimentar… Naqueles tempos em que éramos capazes de falar ao telemóvel horas afio. Contávamos os dias para nos reencontrarmos finalmente. E, quando acontecia, dávamos sempre aquele abraço meio demorado que só grita “ainda bem que aqui estás”. O que eu não dava para agarrar-te nestes meus braços… Que não me servem de nada desde que partiste. Desde que te mandei embora.


Nunca nos percebi. Como, em certas alturas, mais parecia que não conseguíamos viver um sem o outro. A minha voz tinha de ser a última que escutavas antes de dormir, mal chegavas a casa da noite, ainda com o álcool a brotar-te nas veias. E tu tinhas de ser sempre o primeiro com quem eu partilhava qualquer novidade minha. Porém, noutras alturas, era como se não nos suportássemos. Tu refugiavas-te no silêncio e eu ressentia-te com todas as minhas forças. Nunca nos percebi, de todo. Sei que tu também não. E, no entanto, insistíamos em não fazer sentido. Porque - quiçá - era mesmo para isso que tínhamos sido feitos. Para o mistério irresolúvel. Para o desentendimento sem fim. E agora… Agora virámos um nada, graças à minha teimosia de querer sempre racionalizar, controlar e dissecar tudo.

Tenho saudades daquilo que éramos - fosse lá o que fosse. Mais que isso: sinto uma derradeira falta de ti. Falta de ti nestes dias a que não chegas. Falta de ti nas minhas madrugadas bêbedas, quando chegávamos à mesma casa e adormecíamos de corpos entrelaçados. Falta de ti nas manhãs em que acordava contigo a espreguiçar ao meu lado. Falta de ti nos desabafos à varanda, por entre cigarros e goles de café. Falta de ti nesta casa, que já nem sabe mais a isso, porque nunca mais apareceste. Falta de ti na minha vida. (…) Mas o que é que eu fui fazer?


Eu sei que te disse o quanto me magoavas com as tuas atitudes sem nexo. Com a tua maneira imprevisível de ser. Com o facto de nunca saberes o que queres. O que eu me esqueci de dizer-te era no quanto me fazias feliz. O quão livre eu sabia que podia ser ao teu lado. E eu sei que te disse que nunca me conseguirias retribuir o tudo que eu fiz por ti. O que eu me esqueci de dizer-te era que isso nem sequer me interessava, afinal. Eu só queria que me pedisses para ficar. Mas tu não o fizeste. É assim tão fácil para ti perderes-me? 

Sou tão fraca. Na verdade, eu nunca quis mandar-te embora. Eu nunca quis levar a vida que levo agora… desprovida da tua presença e sem qualquer vislumbre teu. Se fiz o que fiz, foi para ver se, por uma vez, serias tu a lutar por mim. Mas tu não o fizeste. Sou tão estúpida. Estúpida por ter pensado que bastava dizer-te “não volto mais” para fazer com que ficasses.

O meu erro foi ter insistido em acreditar que tu eras um “vai-e-vem” na minha vida. Agora, apercebo-me que tu nunca tinhas ido realmente a lado nenhum. Tu estavas sempre cá comigo, até quando estavas longe. Por entre os lençóis tingidos pelo teu suor. Por entre estas paredes, as únicas testemunhas do nosso amor. E agora? Agora não passas de um fantasma que me assombra. E porquê? Porque eu insisti em matar-te de mim. Esse, sim, foi o maior erro, afinal de contas.

Quero-te de volta… Pudesse eu ter a coragem de admitir-te isso mesmo. (Mas não tenho. Desculpa.)




dei-te tantas oportunidades. pudesses tu dar-me uma também.