quinta-feira, agosto 19, 2010

02:37am call

best of me, sum 41 @


Desiludes-me. Desiludo-te. 
Às vezes, pergunto-me quando é que será que começámos a descarrilar, desta maneira... E a verdade é que nem sei; não me apercebi, de imediato. Mas olhando para o estado em que esta montanha-russa está agora - demasiado danificada para sequer funcionar -, vejo que, de facto, temos de parar, simplesmente. Sim, já tivemos dias maus; já descarrilámos por completo, antes. No entanto, passado um tempo, engolíamos tudo e voltávamos a instalar-nos de novo, lado a lado. Mas temos de parar agora, porque já chegámos a um ponto em que só temos mal para partilhar e segredos que morrerão com o morrer do nosso laço - algo que eventualmente acontecerá, graças a esta bomba que tu construíste e eu detonei. Antes gostava de acreditar que alguma força qualquer superior a nós, acabava por nos voltar a reunir, passado algum tempo... Mas agora só quero é pegar nessa força e fechá-la num cofre trancado, e atirar a chave fora. Porque apesar de eu ser das pessoas que mais te ouviu chorar, nunca te ouvira num choro causado por uma acção minha. Mas também é verdade que já várias acções tuas me fizeram chorar, outrora. A diferença é que tu tiveste a coragem de mo revelar isso; eu é que não o fiz, daquelas vezes. A verdade é que tu sempre foste a Coragem, a Atitude; a Liderança e a Persistência; eu limitava-me a ser o Apoio, e nada mais. E não me queixo. (...) Não tivemos a Viagem mais bonita que existiu, mas a verdade é que vivemos (e sofremos) muito juntas e isso não deve ser nunca esquecido ou desprezado. Eu, pelo menos, não o farei. Agora, admito que errei e confesso que, por vezes, não agi correctamente para contigo. E, por isso, peço desculpas sinceras. Mas nunca digas que nunca fui uma amiga verdadeira, porque isso é cuspir em tudo aquilo que outrora representámos e eu não admito que faças isso. Jamais. Até porque nem a Decepção consegue levar consigo os Significados... De todas as conversas, todos os momentos, todas as  fotografias, todos os segredos. Do Passado que construímos. (...) Enfim, obrigada por me teres mostrado o Mundo; as pessoas e os lugares, mas agora está na hora de partir para uma outra jornada.

p.s. ainda me rio quando leio aquela história que estávamos a escrever.


take it, burn it black,
there's no turning back

3 comentários:

  1. adoro adoro adoro *.*
    escreves TÃO bem!

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  2. que bonito *-* gostei imenso, mesmoooo (:

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  3. É isso que guardo do final de não uma, mas duas amizades que foram o mundo para mim: um agradecimento pelo ombro amigo, pelo que aprendi, pelo que vivi. Ainda me pergunto se não haverá uma hipótese, ainda que remota, de fazer tudo voltar ao que era.

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