quinta-feira, agosto 26, 2010

minha número 1

don't go away, oasis @

Eu adoro-te desde que nasceste. Eu já te adorava quando deste o teu primeiro passo; eu já te adorava quando disseste a primeira palavra. Mesmo quando andávamos por ali, a infernizar a vida uma da outra, eu adorava-te incondicionalmente. Mesmo quando me disseste, uma vez, no Cais Mourato: "Eu odeio-te e só finjo gostar de ti, para a Avó ficar contente!", eu continuei a adorar-te. Eu adoro-te como ninguém; apesar de tudo... E isto é inquestionável. Porque sim, há aquele amor de amizade - mas nós temos MAIS que isso. Tu, para além disso, és a minha irmãzinha; a minha vizinha do lado. E sim, tu costumas dizer-me que fizeste mais por mim do que eu fiz por ti: ensinaste-me a andar de bicicleta; ensinaste-me a andar de baloiço; faltaste a aulas para me acompanhar a Lisboa, quando fui enviada de emergência p'ro hospital; defendes-me sempre que me criticam injustamente (...) Entre inúmeras outras coisas. E eu adoro-te ainda mais - mesmo quando não parecia possível - por tudo isso. E tu talvez não te lembras, mas, um dia, em Casa da Avó, quando devias ter uns - quê?... - 5 anos? -, partiste uma daquelas jarras que estavam no andar de cima, enquanto jogávamos às apanhadas. E quando a Avó, de vassoura na mão, apareceu lá chateadíssima da vida, eu disse-lhe que tinha sido eu. Parece insignificante, mas a verdade é que me encarreguei de proteger-te sempre, acima de tudo. E lembro-me uma vez, quando andavas na pré e eu na 1ª Classe, e um rapaz do 2º ano começou a implicar contigo, no recreio; eu fui lá ao pé dele com a minha amiga Bola de Basquetebol e "chutei-a" contra a cabeça dele (haha, parece que foi ontem!). Oh, e lembras-te daquela noite, pouco depois do meu Avô morrer, quando te pedi para vires até minha casa e ficámos a falar até às tantas? Tu choraste comigo, nessa mesma noite, ao meu lado. Eu ouvi-te; tu ouviste-me - simples como isso. Adoro-te porque me ouves sempre. E quero que saibas que também estou sempre aqui, para qualquer coisa. E também espero que saibas que nunca me afastarei de ti e, para o ano, quando chegar à minha hora de partir, vou levar-te comigo. Eu não te prometo; eu garanto-te. (...) Eu adoro-te desde que nasceste e vou sempre adorar-te até ao fim. Aconteça o que acontecer. E vou tomar conta de ti, por mais que tu cresças...
Serás sempre a minha irmãzinha.

se fosses plano de fundo p'ra mim, 
eu não perderia o meu tempo a dizer-te o que sinto por ti,
não concordas?

2 comentários: