- In this very exact moment, we're growing away...
- Shouldn't we hold on to each other very tightly, then?
Nada é constante. Garantido. Infinito. Inalterável. Invencível.
Ainda me lembro quando me deixava levar pelos tão famosos "para sempre", "aconteça o que acontecer" e coisinhas desse género, ditas em momentos bonitos, por bocas sonhadoras sedentas não só de carinho ou de paixão, mas também de pura ingenuidade.
Mas é assim a vida e, quer queiramos admitir a nós mesmos ou não, não há que nada que possamos fazer para alterar a inquestionável verdade: que nós somos como que um conjunto incalculável de partículas que, com o passar dos segundos, se vão dissipando pelo ar. Não só a nossa pessoa, mas também todas as outras, naturalmente; tal como tudo o resto que se encontra à nossa volta... Até o próprio ar se esgota!
E lá vamos nós, encarreirados numa jornada - que é a vida -, todos buscando por ser vencedores. Por ganharmos um prémio qualquer de qualquer coisa; por encontrarmos o verdadeiro amor; por construirmos uma família; por salvarmos a vida de alguém; por alcançarmos a verdadeira felicidade (…) Basicamente, damos tudo de nós; tudo por tudo e arriscamos, aproveitando todas as oportunidades que nos vão surgindo e sempre nos esforçando para aprender o máximo que podemos, o mais rápido possível. Fazemos isto porque, na verdade, queremos muito vencer. Queremos olhar para trás e dizer "Eu alcancei muito e morrerei feliz".
Mas eu, porém, tenho a consciência e o apreço - não só daquilo que ganhei -, mas também daquilo que perdi. E, nem sabendo bem como ou porquê, dou por mim a entristecer-me mais com as perdas, do que a contentar-me com as conquistas… Talvez porque as marcas mais profundas são as mais dolorosas? Sim, talvez por isso. Digamos que a única certeza que tenho é que me tenho vindo a sentir perdida desde então.
A verdade é que me cansei de arriscar, de lutar e de me cansar - portanto, de fazer tudo para vencer -, sem que nada que fizesse fosse suficiente. E, por isso, desisto… Apenas assim: deixo essa mesma batalha nas mãos do tempo, simplesmente. Porque cansada já eu estou de sujar as minhas…
E, depois, pergunto-me se será sequer possível vencer. Como é que isso pode sequer acontecer, se levamos uma inteira vida à base de laços quebrados; múltiplas perdas? De inúmeras despedidas e incontáveis pontos finais?
Para mim, a partir do momento em que perdemos algo que, por alguma razão, já nos foi imenso ou ao simplesmente desistirmos de algum sonho ou de algum objectivo, tornamo-nos perdedores. Porque vencedores não desistem nunca, não é verdade?
Ainda me lembro quando me deixava levar pelos tão famosos "para sempre", "aconteça o que acontecer" e coisinhas desse género, ditas em momentos bonitos, por bocas sonhadoras sedentas não só de carinho ou de paixão, mas também de pura ingenuidade.
Mas é assim a vida e, quer queiramos admitir a nós mesmos ou não, não há que nada que possamos fazer para alterar a inquestionável verdade: que nós somos como que um conjunto incalculável de partículas que, com o passar dos segundos, se vão dissipando pelo ar. Não só a nossa pessoa, mas também todas as outras, naturalmente; tal como tudo o resto que se encontra à nossa volta... Até o próprio ar se esgota!
E lá vamos nós, encarreirados numa jornada - que é a vida -, todos buscando por ser vencedores. Por ganharmos um prémio qualquer de qualquer coisa; por encontrarmos o verdadeiro amor; por construirmos uma família; por salvarmos a vida de alguém; por alcançarmos a verdadeira felicidade (…) Basicamente, damos tudo de nós; tudo por tudo e arriscamos, aproveitando todas as oportunidades que nos vão surgindo e sempre nos esforçando para aprender o máximo que podemos, o mais rápido possível. Fazemos isto porque, na verdade, queremos muito vencer. Queremos olhar para trás e dizer "Eu alcancei muito e morrerei feliz".
Mas eu, porém, tenho a consciência e o apreço - não só daquilo que ganhei -, mas também daquilo que perdi. E, nem sabendo bem como ou porquê, dou por mim a entristecer-me mais com as perdas, do que a contentar-me com as conquistas… Talvez porque as marcas mais profundas são as mais dolorosas? Sim, talvez por isso. Digamos que a única certeza que tenho é que me tenho vindo a sentir perdida desde então.
A verdade é que me cansei de arriscar, de lutar e de me cansar - portanto, de fazer tudo para vencer -, sem que nada que fizesse fosse suficiente. E, por isso, desisto… Apenas assim: deixo essa mesma batalha nas mãos do tempo, simplesmente. Porque cansada já eu estou de sujar as minhas…
E, depois, pergunto-me se será sequer possível vencer. Como é que isso pode sequer acontecer, se levamos uma inteira vida à base de laços quebrados; múltiplas perdas? De inúmeras despedidas e incontáveis pontos finais?
Para mim, a partir do momento em que perdemos algo que, por alguma razão, já nos foi imenso ou ao simplesmente desistirmos de algum sonho ou de algum objectivo, tornamo-nos perdedores. Porque vencedores não desistem nunca, não é verdade?
Eu sou perdedora.
E tu… És?
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