segunda-feira, janeiro 17, 2011

Se pudesse, ia agora ter à tua porta e batia. E tu? Abria-la?

We spent some time together walking. Spent some time just talking about who we were. You held my hand so very tightly. And told me what we could be dreaming of. There’s nothing like you and I. We spent some time together drinking. Spent some time just thinking about days of joy. As our hearts started beating faster. I recalled your laughter from long ago. There’s nothing like you and I. We spent some time together crying. Spent some time just trying to let each other go. I held your hand so very tightly. And told you what I would be dreaming of. There’s nothing like you and I. So why do I even try? There’s nothing like you and I.
- the perishers


Há alturas em que me dá para isto: sentir a tua falta. Única e simplesmente isso. Já me cansei de perguntar a mim mesma porque raio teimo em continuar a fazer isto a mim própria. Agora limito-me a desfrutar disto: de pensar em ti. Sim, porque, felizmente, posso afirmar com orgulho que tenho muito de bom para pensar de nós… Deixo o mal por trás dos ombros, num sítio onde não posso vê-lo. E sorrio. Sorrio ao relembrar-me de todos os passeios pelas avenidas até ao café da baixa, ou até ao meu apartamento. De mãos dadas, braço cruzado. E de todas aquelas vezes em que nos limitávamos por ficar sentados à beira-mar - fosse dia, fosse noite, fizesse sol, fizesse chuva! - a admirar tudo o que o momento nos oferecia. E era tudo tão bonito e singelo, único e impagável… Sim, eu procuro lembrar-me apenas dessas coisas que tanto ainda me fazem sorrir. E oh, como me lembro de tudo tão perfeitamente. Tento agarrar as recordações; confesso-te. Estico as mãos para a frente e consigo senti-las. Abro os olhos e tudo se foi. O sorriso desvanece-se, fugitivo (talvez tenha seguido as memórias; quem sabe?).

E, no fim, só resto eu. Eu por aqui a debater-me com tudo o que deixei escapar. Eu, aqui a debater-me contra o vazio que sinto; o vazio que me rodeia; que permanece. O que ficou. Eu por aqui a perder-me cada vez mais naquilo que perdi. 


Eu… Tudo o que restou de Nós.

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