segunda-feira, julho 04, 2011

please, mom, come back to me


Não falamos há aproximadamente 4 dias e, da última vez que o tentámos fazer, gritaste-me tão alto, que deixei de conseguir chegar aos meus próprios pensamentos. E depois, antes de desapareceres na estrada, disseste-me para não voltar para casa. Partiste… Deixando para trás as marcas das rodas no alcatrão e o meu vulto sozinho, à beira da estrada, entre o escuro, caindo num choro carregado de fúria, decepção e, quiçá, um pouco de medo. (…) Agora, andas pelo apartamento constantemente agindo como se eu não estivesse aqui. Não me perguntas se estou bem, ou se preciso de algo. E a única coisa que tens vindo a partilhar comigo - sem qualquer intenção - é o eco do teu choro nervoso, que vagueia por todas estas paredes. E nestes últimos dias, o meu passatempo preferido tornou-se passar o máximo tempo possível fora de casa - mais do que o habitual -, simplesmente porque não consigo aguentar mais este sufoco: o terrível clima, os silêncios constantes e constrangedores e a tua indiferença insensível. (…) Tento falar contigo, resolver tudo e empurras-me para longe, virando-me costas, friamente. Eu amo-te, mãe e não quero que questiones mais isso. Mas quero-nos bem, mesmo muito. Porque sim, faltam-nos poucos meses para a despedida e eu acho que não devíamos estar a desperdiçar o tempo restante, assim, deste jeito.

Ambas errámos e muito…
Desculpa-me depressa, porque eu já te perdoei. 

2 comentários:

  1. tudo vai ficar bem, eu sei que sim (: força sweety <3

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  2. tenho a certeza que se lhe mostrasses esse texto ela ia adorar :) ly be strong **

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