Gastámo-nos demasiado... É disso que mais me arrependo. Apesar de tudo o que nos aconteceu, ainda me dou por mim sozinha, seja onde for, a pensar em ti. Em como gostaria de poder ter-te cá, acima de tudo o resto. E disto, tu jamais vais saber. Nem tu, nem ninguém. A não ser eu mesma. Sinceramente, nunca imaginei que as coisas ficassem assim, deste jeito: arrancados dos braços um do outro, pelo Tempo, pelo Destino e pelo Mundo inteiro, que parecia estar sempre contra nós. Lutámos tanto. Fizemos tanto. Demos tanto... E é este o nada que nos resta? Como é que Os deixámos vencer, meu velho Amor? Tu disseste que jamais iríamos desistir. Então, onde estás tu agora?
A ideia de que foi para isto que fomos feitos, frustra-me. Tínhamos tanto amor, tantos sonhos... E, contudo, faltava-nos o mais importante. Um futuro a que nos pudéssemos agarrar. Saber que agora não passas de Passado, arde-me no coração. E oh, como gostava mesmo que as coisas se tivessem desenrolado doutra maneira. (...) O que me resta mais? Memórias que, por mais que o tempo passe por mim, não desvanecem. E uma imensa realidade, fria e hostil, desprovida de ti.
Acho que o que me magoa mais, no meio desta situação toda... É que eu acreditava realmente que éramos melhores do que isto.
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ResponderEliminarFoi o primeiro texto que li escrito por ti. Está mais que bom, está excelente!
ResponderEliminarE sim, tens razão, há quem se relacione com ele, sou um desses casos. Enfim, mágoas dum passado que já não volta, e depois de ter estado tanto tempo a tentar que voltasse, finalmente percebi que não passará disso. Só me restam memórias, e assim ficará...