quinta-feira, setembro 04, 2014

F*da-se, odeio-te.


Fizeste-me chorar, outra vez. Cá estou eu, a tentar adormecer, e tu não me deixas. Tu e as tuas desilusões constantes não me deixam descansar de todo. Foda-se, estou cansada de ti. Estou tão realmente estafada destas cenas por que me fazes passar... E eu que pensava que eras mais do que isto.

Sempre quis acreditar em ti, por mais que me dissessem para deixar de o fazer. Sempre te defendi, mesmo que meio mundo se metesse contra ti. E, no entanto, a tua única paga é dar-me ainda mais razões para não o fazer. Porque é que insistes em não passar de merda? E eu que pensava que eras tanto... Quando, na verdade, nunca foste sequer capaz de passar disto mesmo: de uma desilusão tremenda. E eu já deveria ter sabido disto um quanto antes... Que parva que eu sou. És mais vulgar do que pedras da calçada, afinal de contas.

Graças a ti, deixei de acreditar no amor e em tudo o que nele faz parte. Graças a ti, não passo de um vulto perdido e desconfiado, inteiramente incapaz de se entregar a quem quer que seja. E como poderia, quando tanto acreditei em ti, só para ser feita de parva? Foi só isso que vieste fazer na minha vida. Não passaste de um desastre; de um acidente de percurso; de uma pedra no sapato. Um desperdício de fé e de tempo – coisas que jamais terei de volta, graças a ti.

Espero que estejas contente e que todas as mágoas que me causaste te tenham valido a pena. E que todas as noites tenham sido loucas o suficiente para calar a tua miserabilidade, causada por ti mesmo. E que todos os beijos sem sentido tenham alimentado esse teu ego ridículo. E que todas as tuas bebedeiras te tenham aquecido esse coração morto. Espero que tudo isso valha a perda de alguém como eu na tua vida: alguém que nunca se importou com nenhuma das tuas falhas, nem nenhum dos teus vícios, simplesmente porque estava demasiado ocupada a amar-te pelo que tu és.


Achas-te tão especial, quando há tantos por aí iguais a ti. Sem saberem o que querem. Sem saberem por onde andam. A recolherem corações como se não passassem de brindes de festas. A marcarem vidas como se nem passassem de carimbos. Foi nisso que tu te tornaste: numa fotocópia de muitos.

És uma grandessíssima merda, sabias? Por tudo o que me fizeste passar. Por tudo o que me fizeste deixar de acreditar. E por tudo o que me marcaste em vão. Tomara que eu soubesse o que sei hoje de ti, para que te tivesse afastado à primeira oportunidade. E agora consigo ver que não valeste nenhuma das muitas que gastei contigo.

Não valeste a pena. Juro-te por tudo, que, neste momento, só consigo odiar-te e odiar-me ainda mais a mim mesma, por me ter mantido ao pé de ti, apesar de tudo... Que parva que eu sou. Só quero que desapareças, porque nunca sequer foste merecedor de mim. E nem mais nenhum pingo meu será desperdiçado em ti.

Foda-se, é desta que sais da minha vida. Foda-se, desaparece de uma vez.

A única coisa que mereces de mim é essa mesmo... A maior das distâncias.

1 comentário:

  1. Adorei!! Esta mesmo espetacular! :) Adoro a forma como encontras as palavras certas, para descrever as coisas certas! Adorei mesmo!

    ResponderEliminar